Mensagem Natalina 2009/2010

Queridos amigos, Eis minha mensagem Natalina! Neste ano de tão profundo amadurecimento pessoal – afinal fiz 40 anos , tendo nascido em 1969 - frequentemente busquei considerar o passado, seja ele mais recente ou distante, conhecido ou não, consciente ou obscuro, na tentativa de encontrar motivos e motivações que me fizessem prosseguir no caminho que escolhi: a Educação. Penso no exercício diário de troca de experiências, energias, horas a fio de convivência humana, roubando de nós o recolhimento nos momentos de dor, a intimidade e convívio no lar, o sono nas manhãs de frio e chuva ou nas longas horas em que buscamos soluções, planejamos ações e seguimos em frente, com ou sem apoio, muitas vezes em meio à adversidades, hoje sabidas “tão necessárias” ao engrandecimento pessoal, e consequentemente, daqueles que estão ao nosso redor. Educação é portanto, exercício de vida! Abrimo-nos ao novo, entregando-nos uns aos outros, num constante movimento...Cabe a cada um de nós aproveitar-se desse “movimento” de acordo com aquilo que consideramos necessário ou concernente ao nossos desejos e expectativas, sendo necessário que haja comprometimento e coragem, pois dessas escolhas, dependem os frutos que nos alimentarão corpo, alma, mente e coração. Recorro hoje a arquivos culturais. Legado de Celinha: suas agendas, repletas de compromissos, anotações, palavras. Rico universo de convivência educativa, que deixa marcas de construções externas e internas, instigando-me a crescer, renovar, acreditar, agradecer, comemorar! “Obrigada por tudo de bom que eu tive este Ano! Espero um 2000(10) com muita saúde, paz e alegrias para mim, os meus familiares, amigos e todos aqueles que trabalham comigo e, dentro da sua esfera, fazem desta Escola um lugar de aconchego e conquistas para quem quiser crescer. Que Deus ilumine nossos caminhos, proteja e abençoe a todos nós.” *Regina Célia *Registro do dia 31 de dezembro de 1999. Está a lápis e não posso deixar que isso se perca, preciso compartilhar. Escolhi vocês! *Na mesma agenda achei ainda as seguintes anotações numa capa de talão de cheque, bem ao estilo daqueles que não perdem oportunidades e se utilizam do que está ao redor para deixar marcas eternas! “Flui como água Como água se renova” Carlos Drummond de Andrade “A mim, que me importam espécies de instantes, se existo infinito?” Cecília Meirelles “Enquanto isso, o tempo, como sempre, fingia que passava.” Guimarães Rosa “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” Fernando Pessoa “Aqui digo: que se teme por amor, mas que, por amor, também, é que a coragem se faz.” ( Guimarães Rosa) *E tem mais...muito mais! Aos poucos vou revelando! Essa está na capa da agenda de 1996: “Se você não quiser ir, não vá. Mas se você decidir ir, vá com tudo, por inteiro.” (Provérbio Chinês) Com todo meu afeto a vocês amigos desta jornada e também àqueles que me inspiram e colaboram além da matéria, dando força para que eu cumpra minha missão com dignidade. Este é o meu mais verdadeiro e desejado Natal! Andréa Godoy 22/12/2009, às 01:09

São Francisco de Assis e sua grandeza, inspirando lindas composições, como essa que nos ajudam a progredir!

A igrejinha de São Damião
Marcus Viana

De cada riso e dor
De cada espinho e flor
Construo a casa do meu senhor
Com o que o mundo abandonou
De cada pedra do chão
Construo o templo do coração
A cada dia que vem
A cada dia que vai
Ergo em mim a casa de meu Pai.

Em tempos de saudades, lembranças ou dores, o recolhimento traz grandes descobertas e nos aproxima do Pai.

"Meditação elevada, culto à prece, leitura superior e conversação edificante constituem adubo precioso nas raízes da vida."
André Luiz em "Estude e Viva"
Psicografia de Chico Xavier

Duets

Quase a mesma emoção senti nessa cena do filme Duets, que vi já tem um tempinho...2002, talvez! Pra matar saudade!

Emoção!

Meryl Streep conseguiu se superar nesta interpretação! Emocionante! Que cenário, que vibração! Lindo, lindo, lindo! Vale a pena assistir 500 vezes essa cena!

DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mario Quintana

Essa é em homenagem a minha amiga Cláudia, aquela que acredita em meus sonhos e me ajuda a conquistá-los!
Além disso (ou por isso) está na sua fase Mario Quintana e portanto dedico outro...

AH! OS RELÓGIOS

Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

Mario Quintana - A Cor do Invisível

Que manhã fria...Ah, os autores, as músicas!
Pura inspiração e emoção, na melhor tradução para cada sensação.

"Que a chuva caia como uma luva
Um diluvio um delirio
Que a chuva traga alivio imediato"

***
"Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você,
Eu sem você não vivo
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você,
E tudo me divide"

25 de Janeiro de 2004 - Canto da Alma / Artigos Luiz Alberto Py


Em 1755, no dia de Todos dos Santos (primeiro de novembro), ocorreu, em Portugal, um violento terremoto, que destruiu grande parte de Lisboa. Na ocasião, o Primeiro Ministro, Marquês de Pombal, enfrentou a catástrofe com o lema: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos". Esta formulação simples e direta pode nos ajudar muito. Diversas vezes ocorrem em nossa vida eventos arrasadores. A calamidade é tão grande que por vezes perdemos o discernimento. É a hora de adaptar para a nossa vida a frase do Marquês: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos".
Sepultar os mortos significa que não adianta ficar deplorando a tragédia ou se recriminando por ela. É preciso enterrar o passado, parar de pensar sobre o que deveria ter sido e encarar o que está sendo. Cuidar dos vivos representa a importância de tomar conta do presente. Ter cautela com o que sobrou, o que realmente existe. Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto, valorizando e usufruindo o que temos de bom em nossa vida. Fechar os portos fala sobre dificultar a possibilidade de que novos problemas apareçam enquanto estamos “cuidando dos vivos e enterrando os mortos” – sarando as feridas na alma. Significa manter o foco na reconstrução, na cura. É desta forma que a história nos ensina. Por isto, quando enfrentamos um terremoto em nossa vida devemos nos lembrar das palavras do Marquês e procurar enterrar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos.
(Este texto foi escrito a partir de uma mensagem recebida pela Internet)

*Também recebi uma mensagem parecida pela internet. Fui em busca de fontes e encontrei esse texto lindo do Luiz Alberto Py.

"...assim viveremos, [...] orando, cantando, contando-nos histórias e rindo das borboletas douradas."

William Shakespeare,Rei Lear

"Nestes dias assim de trabalho profissonal intenso, cada sintoma pesado numa balança de precisão, cada golpe do bisturi na tangente do erro que o tornaria fatal, o poeta que dentro de mim não se resigna, nem se cala, acaba por me irritar como uma criança importuna e teimosa. [...] E nem a paz do dever cumprido saboreio quando tiro a bata. É como se um sacerdote acabasse de rezar uma missa em pecado mortal, com o diabo no corpo" (Miguel Torga, Diário, 10 de Novembro de 1955)

Encontrei essa citação num livro do Antônio Nóvoa - educador português que tem um trabalho todo voltado para análise da formação do professor. Companheiros de ideais educativos, mentes e corpos inquietos, abertos, em busca do bem, da paz, tantas vezes atormentados pela sensação do inacabado, exauridos por querer mais e mais..É também o que nos move, instiga e matém vivos, oxigênio que mantém a chama acessa, a luz!

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara. Livro dos Conselhos

"Os processos espirituais de educação se fundem no exercício da liberdade de cada um, porque somente através de um sitema de livre escolha, entre experiências negativas e positivas, podemos aprender e seguir voluntariamente os rumos certos da nossa destinação." (J. Herculano Pires)

As mães

Maio chegando...

A proximidade do mês de Maio convida-nos à reflexão sobre a figura materna na existência e formação do indivíduo. A autora Dora Incontri foi muito feliz ao incluir em seu livro “A Educação Segundo o Espiritismo”um capítulo sobre “Grandes Educadores”, onde “As mães” merecem destaque, sendo apresentadas como Espíritos iluminados, que através da maternidade, realizam o poder criador, o poder da vida, o poder de Deus.



“Desde que o mundo é mundo, o coração da mulher tem contribuído para o progresso da humanidade. Mas pelo predomínio dos homens, na História da civilização, a figura feminina nem sempre recebeu as homenagens e o reconhecimento devidos. (...) Da maioria das mães nada sabemos, pois passaram no mundo colaborando em silêncio na obra divina, mas temos notícias das mães de alguns homens que, por sua vez, exerceram missões importantes para a humanidade. Teriam cumprido plenamente seu papel, se não tivessem encontrado o apoio materno?

Sócrates, o maior filósofo de todos os tempos e precursor do Cristianismo dizia ter aprendido com sua mãe o ofício de parteiro. Só que sua mãe era parteira literalmente e ele praticava um parto espiritual: ajudava as pessoas a conceberem idéias mais justas a respeito da vida.

Agostinho levou vida irregular e incerta, metido em várias doutrinas errôneas até que as preces e o empenho de sua mãe, Mônica, cristã convicta e exemplar, conseguiram convertê-lo definitivamente ao Cristianismo e conduzi-lo a uma vida mais pura.

Francisco de Assis, Espírito delicado e cheio de luz, recebeu ao que parece o apoio de sua mãe, Picca, para lançar-se ao caminho da missão que o trouxe à terra. Isso sem falar na colaboração de outro Espírito feminino em sua tarefa, a doce Clara.

Junto ao próprio Jesus, o Espírito mais sublime que já pisou no planeta, vemos a figura suave e iluminada de Maria. Teria ele, Espírito perfeito, encontrado condições vibratórias para se submeter ao sacrifício de vir habitar num corpo de carne, se não tivesse afinidade com a mãe, se ela não tivesse à sua altura?”

“Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.”
(Lucas I: 38)

O Ser e a Serenidade

“Se quisermos ser serenos, ao contágio da serenidade das coisas, devemos atingir esta no seu espírito, na sua essência. Não me refiro à essência das coisas, mas à essência da serenidade das coisas. (...) O equilíbrio não é a essência da serenidade, segundo me parece, pois há equilíbrio na agitação, na violência, na própria inquietação das criaturas normalmente chamadas desequilibradas. Por isso, refiro-me à forma de equilíbrio, que caracteriza a essência da serenidade das coisas. Uma forma de equilíbrio, e não o próprio equilíbrio.
Antes me parece que a melhor palavra para indicar, se possível, o espírito ou a essência da serenidade, seria a perfeição. (...) Da perfeição das minúcias passamos à perfeição das estruturas e dos comportamentos. Da perfeição das pequenas tarefas, à perfeição de um grande trabalho. (...) são todas essas pequenas coisas que constituem o caminho exterior da perfeição humana. Assim, pois, aproximando-nos da serenidade, do equilíbrio e da perfeição das coisas, aproximamo-nos da serenidade espiritual. Mas é preciso a intenção, inconsciente e consciente, para não ficarmos apenas na aproximação física.(...)
A serenidade não se faz pelo exterior. Ela nasce em nós mesmos, e o que temos a fazer, no tocante ao exterior, é a sua projeção ao encontro da serenidade das coisas.(...) O segredo da serenidade está na sua própria espontaneidade. E só por esta, que vemos e sentimos através de um senso especial, é que podemos discernir a verdadeira serenidade.”
Trilogia do Serenista (ser que procura aproximar-se da serenidade):
1º - Procura sempre a perfeição.
2º - Nunca te deixes abater.
3º - Eleva-te sempre às circunstâncias.

O Ser e a Serenidade
J. Herculano Pires